segunda-feira, 13 de julho de 2009

Preparação dos seios para o aleitamento materno

A preparação das mamas deve acontecer ainda durante a gestação. É nessa fase que as mamães de primeira viagem devem iniciar a aprender tudo o que envolve o aleitamento. “A mãe pode, inclusive, procurar um pediatra durante a gestação para se interar sobre a importância da amamentação, a alimentação do bebê e os cuidados que tem que tomar”, orienta a Dra. Maria José Mattar.

Existem algumas técnicas que podem ser usadas para fortalecer o bico do peito e estimular as glândulas mamárias. Tudo para evitar probleminhas na hora da amamentação.

A primeira regra é lavar o bico do peito apenas com água. Não utilize sabonete. Eles já têm uma hidratação natural ideal que deve ser preservada.

O banho de sol é um dos melhores procedimentos para preparar os seios. Tome de 10 a 15 minutos de sol no seio todos os dias, antes das 10 horas da manhã ou depois das 3 da tarde. Dependendo do seu tipo de pele e da intensidade do sol, você pode aumentar ou diminuir um pouco esse tempo. Se não tiver como tomar sol, você poderá utilizar uma lâmpada comum com a mesma finalidade. O calor do sol e da lâmpada deixa a pele mais resistente.

As massagens também são simples de serem feitas e bastante indicadas pelos médicos. Segure o seio com as duas mãos, uma de cada lado, e faça uma pressão da base até o bico, como se fosse uma ordenha. Repita o movimento seis vezes com delicadeza, mas com energia. Depois, faça o mesmo com uma mão em cima e uma embaixo do seio. Esse procedimento ajuda na “descida” do leite e pode ser repetido uma ou duas vezes por dia.

As mulheres com o bico do seio invertido devem fazer uma massagem específica para estimular a saída do bico para fora. Muitas vezes, durante a gestação ele sai naturalmente, caso isso não ocorra, a gestante deve fazer a seguinte massagem: segure a extremidade do bico com o dedo polegar e o indicador e rode os dedos, como se estivesse aumentando o volume do rádio.

Até quando amamentar ?

Não somente as mamães, mas todas as pessoas envolvidas com o bebê podem e devem ter consciência da importância da amamentação para incentivar e ajudar a criar um ambiente favorável ao aleitamento. Garantir esse direito ao bebê é responsabilidade de todos.

Segundo uma estimativa do UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), “se todos os bebês fossem exclusivamente amamentados durante os seis primeiros meses de vida e continuassem a mamar até os dois ou três anos de idade, quase um milhão e 300 mil crianças poderiam ser salvas, todos os anos, e outros milhares de meninos e meninas cresceriam muito mais saudáveis em todo o mundo”. Isso mostra o quanto o leite materno é importante para a criança. Ele é o único alimento que a criança precisa até o sexto mês de vida.

A Dra. Keiko Teruya, renomada pediatra que luta bravamente em favor da amamentação, explica que o maior motivo de muitas mães não amamentarem seus bebês não é a falta de vontade e sim a indisponibilidade e a falta de informação. “As mulheres não são orientadas sobre como viabilizar a amamentação e não conhecem os seus próprios direitos, por isso param de amamentar quando voltam a trabalhar”, diz a médica.

Graças a diversas campanhas e programas de incentivo ao aleitamento o número de crianças amamentadas vem crescendo e o resultado disso será uma grande redução nos casos de mortalidade infantil.

Como amamentar


Todo bebê nasce sabendo mamar. O instinto de se alimentar é tão forte que eles mal acabam de chegar ao mundo e já descobrem como fazer para receber o tão precioso leite quentinho da mamãe. É ainda na sala de parto que já pode, e deve, acontecer a primeira mamada. Quanto mais cedo, melhor.

“O primeiro contato com a família deverá acontecer imediatamente após o parto. É nesse momento que ele pega os anticorpos da mãe, e começa a se preparar para o ambiente onde viverá”. A médica explica que quando o bebê nasce saudável, o médico tira a umidade e coloca o recém-nascido em contato pele a pele com a mãe para haver a colonização dos anticorpos. Esse é o momento da primeira mamada, que geralmente acontece de 20 a 50 minutos após o nascimento.

Não tenha medo e lembre-se de que o corpo da mulher foi feito para amamentar. Tudo dará certo. Ainda no hospital, o ideal é pedir uma mãozinha a uma enfermeira ou outro profissional para levar o bebê ao peito. No início você precisará ajudar o bebê a pegar o bico e ver se ele está sugando corretamente.

O leite materno só “desce” alguns dias depois do nascimento do bebê. Nos primeiros dias a mãe produz o colostro, que é uma substância preciosa, espessa e amarelada, cheia de anticorpos e proteínas, que alimentará o bebê nos primeiros dias e funcionar como a sua primeira vacina.

As primeiras tentativas podem não corresponder à expectativa da mãe, mas é normal. A amamentação é um ato natural, mas é uma experiência nova tanto para a mãe como para o bebê.

Nesse comecinho, o bebê pode querer mamar de hora em hora. E os pediatras recomendam que o bebê seja amamentado dia e noite, sempre que tiver vontade. “A princípio, o intervalo das mamadas é de acordo com a demanda do bebê, sempre que ele chorar, o peito pode ser oferecido até que esteja saciado”, orienta a Dra. Sílvia Maria Baliero Nigro. Isso ajuda o bebê a criar um suplemento de leite, perfeitamente adequado às suas próprias necessidades. Dentro de dois a quatro dias, quando o leite materno “descer”, o bebê se ajustará a essa mudança e as mamadas serão mais espaçadas, a cada duas ou três horas.

Ao contrário do que se pensava antes, as mamadas não devem ter horários fixos para acontecer. O bebê sabe quando tem fome e sua vontade deve ser respeitada.

Antigamente os profissionais de saúde orientavam as mães a trocar de peito durante a mamada, oferecendo 15 minutos de cada lado. Hoje, a regra é outra. “O bebê deverá sugar o peito até largar espontaneamente. Depois, a mãe poderá oferecer o outro peito”, ensina a pediatra Keiko Teruya. “Vimos que não é bom oferecer apenas 15 minutos de cada lado porque a criança só mama o leite anterior, que não é gorduroso e rico como o leite final”.